quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

UMA QUESTÃO DE PONTO DE VISTA









O termo “deficiente” atribuído, via de regra, aos membros de uma sociedade que apresentam alguma forma de “anormalidade” ou de “diferenciação” perante os demais,
quer no domínio cognitivo, afetivo ou motor, tem sido objeto de críticas e discussões entre os segmentos que lidam com os indivíduos assim designados, tentando mostrar os equívocos e as contradições geradas por termos, tais como normal e anormal, comum e incomum, deficiência, incapacidade e excepcional. A preocupação fundamental é evitar a rotulação do ser humano ou a estigmatização que advém dos desqualificativos deficientes, anormal, incapaz, etc. O fato de alguns conceitos, à luz do contexto social, não é indicador de secundarização ou superficialidade do problema, mas, pelo contrário, indica que se atribui a atenção necessária aos mecanismos de cumprimento dos direitos já alcançados como forma de garantir tais direitos. A “violência simbólica” caracterizada pelo desrespeito aos direitos do portador de deficiência dentro da própria sociedade tem sido uma constante, quer no âmbito educacional, da saúde, do trabalho, do lazer e vida social. São gritantes os flagrantes de descumprimento da lei, tanto do poder público quanto do privado, acessibilidade a locais públicos, locomoção, transporte, mercado de trabalho são apenas alguns pontos a serem discutidos.Não existe nenhum, ou quase nenhum tipo de fiscalização dos pontos abordados,não somos mercadorias, somos seres humanos e como tal, merecemos e exigimos toda e qualquer forma de respeito.

Por Ricardo Oliveira

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