domingo, 25 de janeiro de 2009

O PRIMEIRO A ENTRAR, ÚLTIMO A SAIR

Quem já viajou de avião e nunca passou por uma situação irritante ou constrangedora?
Cadeirante também se inclui, né não ? Na minha última ida à Brasília, algo parecido aconteceu comigo. No embarque na capital alagoana tive tratamento vip, com atendimento preferencial, acompanhamento e tudo que tenho direito (sou uma pessoa chik, né não ?) um aparato digno de “autoridade”. Primeira fila, no corredor para assim facilitar o “manuseio”desse que vos escreve....Chegada tranqüila, desembarque tranqüilo. Todo o procedimento da ida se repetiu na volta para casa, até que, justamente na hora de entrar no avião, “o bicho pegou”. Prá começar não teve túnel de embarque até o avião, me levaram num ônibus que transporta passageiros do saguão até o local onde o avião estava estacionado, chegando lá, fiquei no pé da escada esperando os funcionários da empresa aérea para me colocar dentro do avião.Nesse tempo, formou-se uma fila e os passageiros “normais” começaram a subir no avião........e eu ficando. Os que me conhecem, inclusive o meu amigo Jairo, que me acompanhava, deve imaginar como eu já estava de humor( para não dizer puto da vida). Dois funcionários se aproximaram e disseram “viemos colocar o senhor no avião”. Já não era sem tempo, estou aqui há mais de 20 minutos esperando , respondi já com um pouco de baba branca no canto da boca, sacaram o drama? Aí, chega um outro e diz “senhor, aguarde mais um pouco que o AMBULIT está vindo para colocar o senhor no avião. Bom, aí eu já virei um verdadeiro Dado Dorabela e escrachei geral (inclusive dei uma mijadinha no pé da escada, para aliviar). O vôo já estava atrasado, e com certeza os passageiros “normais” estavam me culpando pelo atraso. (Gente, isso acontece na capital federal, imagine nas outras capitais). Ambulit é uma espécie de transporte que possui elevador para cadeirantes e rampas que se acoplam a porta do avião para assim a “cadeira móvel” entrar com facilidade. (Chik não ?) Tudo isso levou cerca de 40 minutos entre a espera e a entrada na aeronave. Dá para imaginar as caras dos passageiros me olhando entrar por último ? Pois é, e eu não tive culpa de nada, a não ser pelo fato de ser “especial”. Meu humor já tinha ido na urina, até pensei em fazer uma reclamação formal, , mas acabei deixando barato (porque sou um menino “bão”), o importante era que eu estava doido para chegar em casa, e eles que se danem prá lá, né não ? Bom, para terminar e encurtar a história, quando o avião pousou na capital alagoana, enquanto os passageiros desciam eu esperava a minha cadeira vir do setor de bagagens e fui o último a descer da aeronave, desta vez com o mesmo tratamento do início desta história.

Por Ricardo Oliveira



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