Em meados de 1989 quando eu já militava no movimento estudantil, participei de um congresso da UNE ( União Nacional dos Estudantes ) na cidade do Rio de Janeiro e defendi as propostas de uma chapa que concorria para a presidência da entidade com o título“Tudo ao mesmo tempo agora”.Tão complexo como o nome da chapa era o modo como eu via e encarava a minha vida, tão cheia de atividades levando ao “pé da letra” tal slogan. Algumas pessoas já tinham me alertado para o meu comportamento, apesar de me acharem uma pessoa extrovertida, alegre, amigo, tinham receio que ultrapassasse o limite da responsabilidade.
Meu trabalho se confundia com a forma de encarar a vida, era um misto de responsabilidade, brincadeira, um trabalho prazeroso. Toda minha vida eu cultivei amizades, e o que é melhor, sempre colhi bons frutos, foi assim na minha infância, no colegial, na universidade onde cursei Educação Física e depois na minha vida profissional, onde minha principal função era ser EDUCADOR. Muito antes de entrar para a universidade eu já dava aulas de handebol para crianças da escola que eu estudava e auxiliava o professor titular nas demais categorias. Eu acabara de completar 18 anos, modéstia a parte, eu era um atleta diferenciado e por isso o professor quis me aproveitar para auxiliá-lo e treinar as categorias menores. Foi um período marcante, com vitórias e derrotas, cheio de aprendizado no esporte, na vida. Por que estou falando isso ? Bom, calma que vocês entenderão.
Meu trabalho se confundia com a forma de encarar a vida, era um misto de responsabilidade, brincadeira, um trabalho prazeroso. Toda minha vida eu cultivei amizades, e o que é melhor, sempre colhi bons frutos, foi assim na minha infância, no colegial, na universidade onde cursei Educação Física e depois na minha vida profissional, onde minha principal função era ser EDUCADOR. Muito antes de entrar para a universidade eu já dava aulas de handebol para crianças da escola que eu estudava e auxiliava o professor titular nas demais categorias. Eu acabara de completar 18 anos, modéstia a parte, eu era um atleta diferenciado e por isso o professor quis me aproveitar para auxiliá-lo e treinar as categorias menores. Foi um período marcante, com vitórias e derrotas, cheio de aprendizado no esporte, na vida. Por que estou falando isso ? Bom, calma que vocês entenderão.
Quando fui aprovado no concurso da prefeitura para o cargo de professor de Educação Física, muitas dúvidas surgiram quanto a minha capacidade de conduzir uma aula da forma dinâmica que a disciplina requer, e o que é pior(ou será melhor ?) para adolescentes cheio de hormônios e espinhas no rosto. Imaginem as caras das pessoas na escola, dos alunos no primeiro dia de aula. Imaginem a minha cara. Acho que pelo fato de a gente viver sentado, ser supostamente quietinho, é senso comum achar que cadeirante não pode ser professor de educação física, mas essa afirmação é pouco “inteligentchi”né não? Vamos combinar também que tem um monte de “andante burraldo” dando aulinhas “xinfrins” também, né não ? Bom, mas eu tinha a fama de ser insistente, perseverante, cabeçudo e logo comecei a mostrar que existe “n” formas de ensinar e ser educador, e que apesar das limitações físicas eu estava ali como agente transformador e formador de opiniões. Envolvi-me com outros projetos na escola e logo todos, ou quase todos nem percebiam mais a minha condição de cadeirante. Todo esse envolvimento me rendeu uma indicação e consequentemente um convite do Secretário de educação para ser diretor de uma outra escola que passava por dificuldades e confusões administrativas, mas essa história eu conto outra hora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário