sexta-feira, 27 de março de 2009

O Incêndio e o Estudo



Um incêndio de grandes proporções atingiu a favela Sururú de Capote à beira da Lagoa Mundaú, periferia de nossa capital na noite desta terça (24) e madrugada desta quarta-feira (25). Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, pelo menos 29 barracos foram atingidos por completo, e cerca de 90 pessoas e 40 famílias ficaram desabrigadas e foram alojadas em uma quadra esportiva próxima ao local do incidente. Ninguém ficou ferido. Seria fatalidade ? Não creio.
Dominada pelo tráfico de drogas, a favela do Mundaú faz parte do maior complexo de favelas da capital alagoana, localizado no Dique Estrada. No local, a "lei do silêncio" impera. Poucos falam sobre as causas do incêndio, mas acreditam que o incidente foi causado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas. A suspeita deve ter como explicação o incidente da madrugada do último domingo (22), quando moradores da região foram acusados de atear fogo na sede do 1° Batalhão de Polícia Militar, que fica próximo às favelas do Dique Estrada. O motivo teria sido uma resposta à perseguição a um traficante, que ajudaria a população local. Uma decisão coerente foi tomada pelos órgãos envolvidos em dar assistência a essas 30 famílias é que elas permanecerão no local, na região da Favela Sururu de Capote. A decisão foi tomada ainda ontem, pelas vítimas, lideranças comunitárias e representantes da Defesa Civil Municipal e Secretaria de Assistência Social. Os moradores – aproximadamente 100 – começaram a receber lonas para montar novos barracos. Segundo a diretora da Secretaria de Assistência Social, Salete Beltrão, foi levado em consideração que a Lagoa Mundaú é a fonte de renda da maioria da população. “A situação dos moradores será provisória, até que as casas que estão sendo construídas com recursos do PAC sejam entregues”, explicou. E o que eu que moro no farol tenho a ver com isso ? Tudo, primeiro que como cidadão imagino o sofrimento dessas pessoas e também quero uma solução rápida que o ocorrido requer, segundo que se cogitou a ida dessas famílias para se alojarem na escola que eu trabalho. E daí ? E daí que se isso acontecesse, mais de 1500 alunos ficariam sem aulas, pois tal decisão inviabilizaria o inicio do ano letivo já atrasado, causando um problema social ainda maior, muitas crianças e adolescentes da favela também estudam na escola, já tão cheia de seus próprios problemas, sem contar o umento inevitável da violência na região. Realmente espero uma solução rápida que contemplem todas as partes envolvidas, e que os órgãos competentes aumente a fiscalização e freie em crescimento do número de favelas construídas em condições subumanas.

Por Ricardo Olivceira

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