terça-feira, 31 de março de 2009

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NÃO CONTEMPLAM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Atualmente, no Brasil, jovens com algum tipo de deficiência física ou mental podem tanto estudar em escolas especiais como em escolas do sistema regular de ensino. No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela professora de educação física Marcia Greguol Gorgatti, as escolas do sistema regular não estão preparadas para receber esses jovens.
"A inclusão do aluno com deficiência não está ocorrendo nas aulas de educação física do sistema escolar brasileiro. Apesar de funcionar, não é um processo fácil; requer uma estrutura adequada e informaçã dos professores", analisa Marcia. De acordo com ela, o que comumente ocorre é a colocação do adolescente na aula sem nenhum tipo de respaldo, como, por exemplo, fazendo-o desenvolver uma atividade separada do resto da turma ou pedindo para o auxiliar da aula cuidar dele.
Para sua tese de doutorado, Marcia analisou aspectos da aptidão física de 24 adolescentes cegos com idade entre 14 e 16 anos do sexo masculino, sendo 12 de escolas regulares e 12 de uma escola especial, e a percepção deles, via questionário, sobre as aulas de educação física. Também analisou por intermédio de outro questionário as atitudes de 90 professores de educação física da rede pública e da rede privada de ensino com relação à inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares.
"Foram feitas 3 medições em 16 meses do crescimento físico, da adiposidade e da aptidão física dos adolescentes, verificando entre outras coisas a velocidade, a flexibilidade e resistência abdominal deles", conta a pesquisadora. O estudo é da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP.

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