sábado, 7 de março de 2009

A CASA DAS SETE MULHERES


A nova composição da Câmara de Maceió tem uma novidade: a presença de sete mulheres, o que pode garantir ao Legislativo municipal o apelido de a ‘Casa das sete mulheres', que tem Heloísa Helena, Tereza Nelma, Thaíse Guedes, Amilka Melo, Rosinha da Adefal, Silvânia Barbosa e Fátima Santiago, eleitas vereadores. Elas formam uma bancada feminina nunca presenciada na Câmara Municipal. São mulheres vindas de vários setores da sociedade. A mais conhecida delas é a senadora Heloísa Helena, que inclusive já passou pela Casa Tavares Bastos como deputada estadual no período de 1995 a 1998 e chega como a campeã de votos, além de já ter sido senadora e candidata à presidencia da repúlblica. Tereza Nelma, era suplente, virou titular e agora conquista em definitivo a vaga. Almika Melo chega com o aval e a força política do marido, o deputado estadual afastado Dudu Albuquerque. O mesmo acontece com Silvânia Barbosa, que é esposa do deputado estadual Marcos Barbosa, que tem o reduto eleitoral na região sul da cidade. A médica Fátima Santiago volta à Câmara para um novo mandato. Com o trabalho social que tem feito nos últimos anos, Fátima, que teve o mandato cassado pelo TRE na semana passada por infidelidade partidária volta a assumir o cargo a partir do início de janeiro de 2009. Onde está o domínio ? Calma, já explico.Thaíse Guedes é a mais nova delas. Thaíse é modelo (e que modelo ! )e já ganhou vários concursos, mesmo sendo deficiente física.E finalmente para completar a 'Casa das sete mulheres’, tem a Rosinha da Adefal. Rosinha chega para preencher a vaga do deputado federal Gerônimo Ciqueira, que foi vereador e faleceu no ano passado - na Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas. Com a morte de Gerônimo, a entidade ficou sem um representante na política. Teremos sem dúvidas uma ‘guerra dos sexos’ na Casa de Mário Gumarães. A primeira sessão ordinária de 2009 da Câmara de Maceió, capital de Alagoas, não foi motivo de tanta celebração para os vereadores. A nova legislatura, teve inicio com dois grandes problemas.O primeiro problema é encontrar um prédio capaz de receber as duas novas vereadoras deficientes físicas eleitas para a nova legislatura. Além disso, o Legislativo segue com uma indefinição jurídica quanto ao número de assessores que cada vereador tem direito.Por conta da falta de acessibilidade do prédio-sede da Câmara, no centro da cidade, as sessões durante a primeira semana foram realizadas no auditório improvisado da Casa da Indústria, passando depois a acontecer as sessões na Escola de Enfermagem da UNIVERSIDADE DE CIENCIAS DA SAÚDE, que deve abrigar as sessões até que a reforma da Casa Mário Guimarães seja concluída.A sede da Câmara de Maceió é um prédio histórico, localizado no Centro de Maceió. O local não possui estacionamento ou qualquer tipo de adaptação para deficientes físicos, o que sempre foi alvo de críticas das entidades que defendem pessoas especiais. Para se ter ideia do problema, o plenário da Casa fica no segundo andar do prédio, que não possui elevador. O prédio fere, inclusive, uma lei municipal que prevê acessibilidade em todos os órgãos e prédios públicos.Com a eleição de duas cadeirantes, as vereadoras Roseane Cavalcante (PT do B) e Thaíse Guedes (PSC), o acesso delas às plenárias estaria comprometido. "Foi assim durante várias vezes nas sessões que discutiram assuntos de nosso interesse. Tínhamos de ser carregados por seguranças e pessoas que quisessem ajudar", reclamou Cavacante, que ao lado da nova colega tratou de revolucionar todo o Legislativo. As duas vereadoras conquistaram os eleitores graças a trabalhos na Adefal (Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas). Com mais de 8 mil votos, Roseane, mais conhecida como Rosinha da Adefal, foi a quinta vereadora mais votada na eleição de 2008.Presidente da Adefal desde 2007, ela diz que buscará priorizar "ações de inclusão social, principalmente em favor dos menos favorecidos e das pessoas com deficiência". A eleição de Thaíse Guedes era menos esperada. Atualmente com 21 anos, ela, aos 13, teve uma meningite mal diagnosticada. As complicações com a doença avançaram e fizeram ela ter de amputar as mãos e parte das pernas. "Entrei na política para que as pessoas não passem o que eu passei", afirma. (Thaise Guedes) Segundo o presidente da Câmara de Maceió, Dudu Hollanda, as obras de reforma da Casa Mário Guimarães devem começar em breve, embora não precise uma data. "O edital já está pronto e devemos começar o processo rapidamente", informou o vereador. O projeto prevê como única solução a construção de um elevador pelo anexo do prédio para deficientes. Bom, quero crer que as duas candidatas a contribuir para o domínio do mundo exerça seu papel de forma marcante, até porque existe uma diferença enorme entre dirigir uma associação com objetivos sociais, no caso da Rosinha, e ser modelo, no caso da Thaise, e ser vereadora para defender os anseios da população, inclusive das pessoas da matrix. Caso contrário, elas serão "engolidas" pelos montros e raposas profissionais da política

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